sábado, 24 de março de 2012


Gêneros textuais

Gêneros textuais são tipos específicos de textos de qualquer natureza, literários ou não. Modalidades discursivas constituem as estruturas e as funções sociais (narrativas, dissertativas, argumentativas, procedimentais e exortativas), utilizadas como formas de organizar a linguagem. Dessa forma, podem ser considerados exemplos de gêneros textuais: anúncios, convites, atas, avisos, programas de auditórios, bulas, cartas, comédias, contos de fadas, convênios, crônicas, editoriais, ementas, ensaios, entrevistas, circulares, contratos, decretos, discursos políticos, histórias, instruções de uso, letras de música, leis, mensagens, notícias.
Os diversos Gêneros textuais expostos a seguir abordam sobre o  problema da corrupção no Brasil:

Gênero textual - Música

A música composta por Ana Carolina e Tom Zé, sintetiza os diversos problemas sofridos pelo povo  brasileiro como consequência e reflexo da corrupção: Baixa renda, injustiça e exclusão.



Brasil Corrupção

Neste Brasil corrupção
pontapé bundão
puto saco de mau cheiro
do Acre ao Rio de Janeiro
Neste país de manda-chuvas
cheio de mãos e luvas
tem sempre alguém se dando bem
de São Paulo a Belém
Pego meu violão de guerra
pra responder essa sujeira
E como começo de caminho
quero a unimultiplicidade
onde cada homem é sozinho
a casa da humanidade
Não tenho nada na cabeça
a não ser o céu
não tenho nada por sapato
a não ser o passo
Neste país de pouca renda
senhoras costurando
pela injustiça vão rezando
da Bahia ao Espírito Santo
Brasília tem suas estradas
mas eu navego é noutras águas
E como começo de caminho
quero a unimultiplicidade
onde cada homem é sozinho
a casa da humanidade
Gênero Textual - Video
O video a seguir é um complemento do gênero textual música.




Gênero Textual - Charge

A charge de Fernando Bastos, escritor e artista plástico, mostra que apesar de ser aprovada a lei da ficha limpa que valerá para as eleições de 2012, não se deve esquecer o “passado” dos políticos.
 A lei poderá inibir a corrupção, mas os políticos estão sempre mudando a modalidade do roubo. De desvio do dinheiro público para paraísos fiscais a dinheiro na meia e na cueca, o povo brasileiro não pode esquecer esses crimes, pois quem paga a conta da corrupção somos nós. Esse dinheiro que nos roubam deveria ser alocado para a saúde, educação e melhor qualidade de vida. Não podemos continuar aceitando passivamente tudo isso. Devemos transformar a indignação em atitude: Fiscalizando; denunciando; criando projetos de leis, pois os cidadãos também podem fazê-lo. Exigindo sempre os direitos e exercendo nossa cidadania.







 


A charge de Cícero aborda outro grande problema do país: O enriquecimento dos políticos através da lavagem do dinheiro público. Segundo o jornal G1, o procurador-geral da República determinou o arquivamento dos pedidos de investigação de partidos de oposição com relação às denúncias feitas ao ex-ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. Não dá para entender porque denúncias tão graves como estas não chegam nem a ser investigadas, só aumentando ainda mais a indignação do povo brasileiro e reafirmando a certeza da impunidade.








Essa charge reproduz fielmente a atual situação do Brasil, precisa-se ter a percepção que esses problemas só ocorrem por um motivo: A certeza da impunidade fortalecendo o estado generalizado de corrupção que atinge também os três poderes.
É necessário ter a consciência de que maior poder esta nas mãos do povo.







 




Gênero Textual - Reportagem

A reportagem a seguir enfatiza o quão absurdamente a corrupção atinge o país, causando uma redução do seu PIB.
Os dados dessa reportagem são apenas estatísticos e não retratam fielmente a realidade, pois corrupto não passa nota fiscal o que vemos é apenas a ponta do iceberg trazendo para o povo brasileiro consequências avassaladoras. Os piores marginais do Brasil são os políticos corruptos, pois seus crimes se refletem em todos os cidadãos, o que se percebe é a falta de solução para estes crimes que só aumentam cada vez mais diante do absurdo que é a falta de punição, sendo um total desrespeito à democracia e ao povo.







O Custo da corrupção no Brasil



Reportagem de Otávio Cabral e Laura Diniz na mais recente edição da VEJA revela o custo da corrupção no Brasil: R$ 82 bilhões por ano — ou 2,3% do PIB.
Trechos:
(...) Nos últimos dez anos, segundo estimativas da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), foram desviados dos cofres brasileiros R$ 720 bilhões. No mesmo período, a Controladoria-Geral da União fez auditorias em 15.000 contratos da União com estados, municípios e ONGs, tendo encontrado irregularidades em 80% deles.
Nesses contratos, a CGU flagrou desvios de R$ 7 bilhões - ou seja, a cada R$ 100 roubados, apenas R$ l é descoberto. Desses R$ 7 bilhões, o governo conseguiu recuperar pouco mais de R$ 500 milhões, o que equivale a 7 centavos revistos para cada R$ 100 reais roubados. Uma pedra de gelo na ponta de um iceberg.
Com o dinheiro que escoa a cada ano para a corrupção, que corresponde a 2,3% de todas as riquezas produzidas no país, seria possível erradicar a miséria, elevar a renda per capita em R$ 443 reais e reduzir a taxa de juros.
(…) As principais causas da corrupção são velhas conhecidas: instituições frágeis, hipertrofia do estado, burocracia e impunidade. O governo federal emprega 90.000 pessoas em cargos de confiança. Nos Estados Unidos, há 9.051. Na Grã-Bretanha, cerca de 300. “Isso faz com que os servidores trabalhem para partidos, e não para o povo, prejudicando severamente a eficiência do estado”, diz Cláudio Weber Abramo, diretor da Transparência Brasil.
(...) Há no Brasil 120 milhões de pessoas vivendo exclusivamente de vencimentos recebidos da União, estados ou municípios. A legislação tributária mais injusta e confusa do mundo é o fertilizante que faz brotar uma rede de corruptos em órgãos como a Receita Federal e o INSS. A impunidade reina nos crimes contra a administração pública.
Uma análise de processos por corrupção feita pela CGU mostrou que a probabilidade de um funcionário corrupto ser condenado é de menos de 5%. A possibilidade de cumprir pena de prisão é quase zero. A máquina burocrática cresce mais do que o PIB, asfixiando a livre-iniciativa.
A corrupção se disfarça de desperdício e se reproduz nos labirintos da burocracia e nas insondáveis trilhas da selva tributária brasileira.

Disponível em: Site:http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/materia-de-capa-o-custo-da-corrupcao-no-brasil-r-82-bilhoes-por-ano/



Gênero Textual - Poema



 
O fragmento a seguir é um trecho do poema escrito por Eduardo Alves da Costa, que nos traz uma reflexão da atual situação brasileira: injustiça, desrespeito, concentração de renda, corrupção e diante de tudo isto, a absurda  imparcialidade das pessoas. É preciso ter consciência que só através de nossas atitudes é que podemos mudar essa situação, pois não somos marionetes, não podemos olhar tudo com tanta indiferença, é o nosso país e a nossa dignidade que nos roubam descaradamente, já não se escondem mais, pois têm a certeza da impunidade.
Ainda podemos dizer e fazer algo o que precisamos é vontade e uma maior percepção da nossa capacidade!


No caminho com Maiakóvski
"[...]

Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

    [...]"


Disponível em: 








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